NIVEA VIVA Tim Maia
Nas vozes de Ivete Sangalo e Criolo, NIVEA VIVA Tim Maia promove mais um encontro de gerações em show para toda a família
Comandada
por Ivete Sangalo e Criolo em nome do Síndico,
com direção musical de Daniel Ganjaman e sob a
direção geral de Monique Gardenberg, a festa é
animada e não deixa ninguém parado. Como se estivesse dando um
daqueles seus lendários bolos, Tim Maia (1942 –
1998) não aparece, mas está bem representado por sua obra
monumental, sintetizada em roteiro que abarca 28 composições
lançadas originalmente entre 1969 e 1986. São quase todas músicas
imortalizadas no imaginário afetivo nacional, mas há também joias
raras recolhidas no baú do Síndico. Após a estreia
feita apenas para convidados, em 31 de março, na casa Vivo Rio, no
Rio de Janeiro (RJ), o show NIVEA VIVA TIM MAIA segue em turnê
nacional por sete cidades, a partir de abril, levando na bagagem
muita música e emoção à flor da pele, em sintonia com a ideologia
da NIVEA de reavivar ídolos e o glorioso universo da música
brasileira. Como sintetiza a diretora de marketing da NIVEA,
Tatiana Ponce, o espetáculo é um momento de alegria, de
cultura e de diversão com o som do “maior soulman da música
brasileira”.
Além
da obra de Tim Maia, o grande atrativo do show NIVEA VIVA
TIM MAIA é o encontro inédito, inusitado e histórico da
cantora baiana com o rapper paulistano, a maior revelação da
música brasileira nos anos 2010. Juntos, juntinhos, como cantam na
música lançada por Tim em 1980, os dois se reúnem em cena
para cantar números como o medley que une Sossego
(Tim Maia, 1978) a Do Leme ao Pontal (Tim
Maia, 1981), com arranjo que presta tributo à orquestração
antológica da Vitória Régia, a banda que acompanhava Tim
nos shows aos quais ele comparecia. O baile é tão da pesada que o
medley volta a ser servido novamente na sobremesa do bis,
fechando a apresentação azeitada que contagia a plateia com as
vozes e os carismas dos cantores que harmonizam diferentes estilos e
universos musicais em favor da música eterna e atemporal do carioca
Sebastião Rodrigues Maia, caracterizado
acertadamente por Nelson Motta, autor de sua biografia
(Vale tudo – O som e a fúria de Tim Maia, 2007),
como “um compositor genial que integrou a música brasileira com a
música negra norte-americana da Motown”.
Com
toques sutis de modernidade, o som quente orquestrado por Daniel
Ganjaman
presta tributo ao histórico som da Motown, termo criado para
designar as levadas de soul, R&B e funk dos discos lançados pela
gravadora de música negra fundada nos Estados Unidos em 1959. Mas,
na música de Tim
Maia,
o chamado som da
Motown tinha sotaque
brasileiro. “Tim não
se intimidou com o poder do soul americano, ao contrário, se
apoderou dele e fez a sua própria tradução, com toda a potência
do gênero”,
enfatiza a diretora Monique
Gardenberg
em depoimento ouvido no vídeo exibido pela NIVEA
antes do show, com imagens e trechos de shows do falecido compositor.
É
essa Motown brasileira de Tim que Criolo e Ivete
Sangalo revivem em cena, entre solos e duetos, num encontro
harmonioso. Para alegria das plateias que poderão ver o show NIVEA
VIVA TIM MAIA, em apresentações gratuitas e ao ar livre, em
Porto Alegre (RS), Recife (PE), Salvador (BA),
Brasília (DF), Rio de Janeiro (RJ), São Paulo
(SP) e Fortaleza (CE). Duetos como Você eu, eu e você
(Juntinhos) (Tim Maia, 1980)
transformam palco e plateia num grande salão de baile black,
à moda dos anos 1970. Bailes evocados diversas vezes nas imagens
exibidas no telão a cada música.
Cantora
baiana associada à música batizada como axé music, Ivete
abre o show e mostra de cara sua intimidade com o universo do soul e
do funk, surpreendendo quem correlaciona seu canto somente a um trio
elétrico. Em sintonia com o naipe de metais da banda orquestrada por
Daniel Ganjaman, a cantora lança mão de seu fraseado
soul no canto e nos improvisos de Não quero dinheiro
(Só quero amar) (Tim Maia, 1971),
número que repete - desta segunda vez em dueto com Criolo -
no fim do show, antes do bis iniciado com Vale tudo
(Tim Maia, 1983), número em que a cantora e o rapper
paulistano, sensação da música brasileira contemporânea desde
2010, reeditam o dueto feito por Tim com a cantora Sandra
de Sá em 1983 na gravação original desse funk festivo.
Com
sua alegria habitual, Ivete também cai no samba-soul em
Gostava tanto de você (Edson Trindade, 1973),
música em que Tim uniu a cadência bonita do ritmo carioca
com a levada da música black. Sempre à vontade, Ivete
brinca com o ritmo, altera a divisão original do tema e recita os
versos do samba-soul na segunda parte do número. Mais tarde, volta a
cair no samba ao defender Réu confesso (Tim
Maia, 1973) em número que reproduz a levada da gravação
original de Tim. Ivete e Criolo, aliás, cantam
e celebram Tim Maia sem descaracterizar a obra do Síndico.
Embora tenha o toque de modernidade de Ganjaman, todos os
arranjos são reverentes em maior ou menor escala às orquestrações
das gravações originais de Tim. O público reconhece de
imediato os sucessos enfileirados no roteiro de hits, mas que abre
eventuais espaços para músicas menos conhecidas como o funk Lábios
de mel (Cleonice e Edson Trindade, 1979),
ouvido na voz de Ivete. Mas eles, os hits, ganham toques
atuais. Na balada Você (Tim Maia, 1971),
sucesso do segundo álbum do cantor, música em que Ivete
experimenta timbre mais grave, quase gutural, o toque de novidade vem
da guitarra de Duani, em relevo nas passagens instrumentais
deste número.
“Estou
honrada em participar deste projeto. Fazer show com um repertório
inteiro de Tim Maia é um prazer. Eu sempre me identifiquei
com ele no groove, no romantismo”, comemora Ivete.
Hit do primeiro álbum de Tim, lançado em 1970, a balada Azul
do cor do mar (Tim Maia, 1970), une no show exatamente
romantismo e groove. No caso, o groove do neosoul,
termo que designa soul e R&B de levada mais contemporânea,
moderna. Telefone (Nelson Kaê e Beto
Correia, 1986), balada da fase em que Tim aderiu ao
tecnopop romântico radiofônico, chama também a atenção do
público para o requinte da levada de neosoul urdida por
Ganjaman. No número, Ivete dialoga em telefone
imaginário com o guitarrista Duani.
Criolo
entra em cena no quinto número do show. E já entra arrasando, dando
voz ao baladão soul Primavera (Genival Cassiano
e Silvio Roachel, 1970) – outro sucesso do histórico
primeiro álbum de Tim – e surpreendendo quem o associava
somente ao universo do hip hop. Na sequência, ele interpreta
Chocolate (Tim Maia), que sem perder o sabor
funk-soul desse jingle gravado por Tim no fim de 1970 e
elevado à condição de hit ao longo de 1971, ganha aqui um tempero
de samba, insinuado pela percusssão de Guto Bocão.
O
roteiro abriga todos os grandes sucessos de Tim. A cultuada e
mística fase Racional – período que vai de 1974 a 1976, quando
Tim aderiu à seita Universo em Desencanto – é
representada no show pelas músicas Imunização racional (Que
beleza) e Bom senso, ambas
cantadas por Ivete e extraídas do primeiro dos três volumes
do álbum Tim Maia Racional, projeto lançado em 1975
com letras doutrinárias, cantadas sobre poderosas bases de funk e
soul.
Com
unidade e coesão, o roteiro do show NIVEA VIVA TIM MAIA
mistura as músicas de maior suingue – rotuladas marotamente por
Tim como esquenta-sovaco – com os sucessos do estilo
mela-cueca, termo que, no dicionário do cantor, designava as
baladas de acento mais romântico. Entre as primeiras, Ivete
dá voz ao funkaço Não vou ficar (Tim Maia),
lançado em 1969 na voz de Roberto Carlos, como a
própria cantora ressalta em cena. Entre as do segundo grupo, a mesma
Ivete canta, em tom mais íntimo e aconchegante, O que
me importa, tristonha balada de Cury, lançada por Tim
em 1972, mas mais conhecida pelas novas gerações por conta da
gravação feita em 2000 pela cantora Marisa Monte.
Do
mesmo álbum lançado por Tim em 1972, o roteiro revive nas
vozes de Ivete e de Criolo uma música que é
certamente a menos conhecida dentre as 28 alinhadas no show, Lamento,
uma balada doída que mostra que também havia melancolia atrás da
alegria contagiante do Síndico. Destaque entre os
números de Criolo, a sentida balada soul Ela partiu
– composta por Tim Maia com Beto Cajueiro em 1975, na
sua fase Racional, e lançada em compacto raro na sequência –
também é outra boa surpresa do roteiro. Detalhe: Ela partiu
é em tese um número solo de Criolo, mas o produtor e
arranjador Daniel Ganjaman também solta a voz em trechos da
canção, fazendo pulsar sua veia soul. Com um canto exteriorizado,
intenso, carregado de emoção, Criolo ainda brilha ao solar a
balada Eu amo você (Genival Cassiano e
Silvio Roachel, 1970) e faz valer sua ascendência nordestina
ao dar voz ao arretado forró-soul Coroné Antonio Bento
(João do Vale e Luiz Wanderley, 1970). São mais dois
sucessos do antológico primeiro álbum de Tim Maia, artista
de “talento cósmico”, como definiu Criolo no palco da
casa Vivo Rio.
Em
seguida, o medley com Canário do reino
(Carvalho e Zapatta, 1972) e A festa de Santo
Reis (Márcio Leonardo, 1971) junta novamente
Ivete e Criolo. Ela, com um segundo figurino, anima A
festa de Santo Reis. Criolo enfatiza em Canário
do reino a ideologia de seu canto livre.
Na
sequência, entram em cenas as canções radiofônicas de Michael
Sullivan & Paulo Massadas, compositores lançados no
mercado fonográfico por Tim em 1983, ano em que a gravação
de Me dê motivo – balada cantada por Criolo
no show - trouxe o Síndico de volta às paradas e
alavancou a carreira da dupla de hitmakers. Sullivan &
Massadas são ainda os autores de Leva. Gravada por
Tim em 1984 comotema
de fim de ano de emissora de rádio, a canção ganhou vida própria
e acabou sendo executada em todas as rádios. No show NIVEA VIVA
TIM MAIA, ela é jogada na praia do reggae por Ganjaman em
interpretação de Ivete.
Também
de Sullivan & Massadas, a balada Um dia de domingo
(1985) é revivida com ternura no show em suave dueto de Ivete
com Criolo que evoca a antológica gravação feita por Tim
há 30 anos com a cantora Gal Costa. No fim, O
descobridor dos sete mares (Michel e Gilson
Mendonça, 1983) restaura o clima de baile pop black um
número antes de Ivete e Criolo se jogarem na pista de
Tim Maia Disco Club com a lembrança de Sossego
(Tim Maia, 1978). A festa é (muito) boa, com muita música,
balanço e emoção à flor da pele.
O
roteiro do show NIVEA VIVA TIM MAIA:
1.
Não quero dinheiro (Só quero amar) (Tim Maia, 1971) –
Ivete Sangalo
2.
Gostava tanto de você (Edson Trindade, 1973) – Ivete
Sangalo
3.
Você (Tim Maia, 1971) – Ivete Sangalo
4.
Azul da cor do mar (Tim Maia, 1970) – Ivete Sangalo
5.
Primavera (Genival Cassiano e Silvio Roachel, 1970) – Criolo
6.
Chocolate (Tim Maia, 1970) – Criolo
7.
Imunização racional (Que beleza) (Tim Maia, 1975) – Ivete
Sangalo
8.
Bom senso (Tim Maia, 1975) – Ivete Sangalo
9.
Réu confesso (Tim Maia, 1973) – Ivete Sangalo
10.
Telefone (Nelson Kaê e Beto Correia, 1986) – Ivete Sangalo
11.
Não vou ficar (Tim Maia, 1969) – Ivete Sangalo
12.
O que me importa (Cury, 1972) – Ivete Sangalo
13.
Lamento (Tim Maia, 1972) – Criolo e Ivete Sangalo
14.
Sossego (Tim Maia, 1978) / Do Leme ao Pontal (Tim Maia,
1981) – Criolo e Ivete Sangalo
15.
Você e eu, eu e você (Juntinhos) (Tim Maia, 1980) – Criolo
e Ivete Sangalo
16.
Ela partiu (Tim Maia e Beto Cajueiro, 1975) – Criolo
17.
Eu amo você (Genival Cassiano e Silvio Roachel) – Criolo
18.
Coroné Antonio Bento (João do Valle e Luiz Wanderley, 1970)
– Criolo
19.
Canário do reino (Carvalho e Zapatta, 1972) – Criolo / A
festa de Santo Reis (Márcio Leonardo, 1971) – Ivete Sangalo
20.
Leva (Michael Sullivan e Paulo Massadas, 1984) – Ivete
Sangalo
21.
Me dê motivo (Michael Sullivan e Paulo Massadas, 1983) -
Criolo
22.
Um dia de domingo (Michael Sullivan e Paulo Massadas, 1985) –
Criolo e Ivete Sangalo
23.
Lábios de mel (Cleonice e Edson Trindade, 1979) – Ivete
Sangalo
24.
O descobridor dos sete mares (Michel e Gilson Mendonça, 1983)
– Ivete Sangalo
25.
Acende o farol (Tim Maia, 1978) – Criolo e Ivete Sangalo
26.
Não quero dinheiro (Só quero amar) (Tim Maia, 1971) –
Criolo e Ivete Sangalo
Bis:
27.
Vale tudo (Tim Maia, 1983) – Criolo e Ivete Sangalo
28.
Sossego (Tim Maia, 1978) / Do Leme ao Pontal (Tim Maia,
1981) – Criolo e Ivete Sangalo
Sobre
a NIVEA Brasil
Marca global pioneira em
cuidados com a pele, a NIVEA começou sua história de sucesso
em 1911, quando lançou no mercado o primeiro hidratante do
mundo, desenvolvido a partir da emulsão estável de óleo em água,
o Eucerit. Esta mistura deu origem ao Creme NIVEA, que
ficou conhecido como o icônico creme da latinha azul.
Hoje
presente em cerca de 160 países, no Brasil a marca tem uma
trajetória que remonta a 1914, quando ocorreu a primeira importação
de produtos NIVEA no País, processo que ganhou força na
década de 30. Porém, foi em 1975 que a empresa instalou-se
efetivamente por aqui, com a abertura de seu escritório em São
Paulo.
Em
2003, inaugurou sua fábrica no município de Itatiba (SP), decisão
motivada pela expressiva expansão do segmento de cosméticos,
produzindo localmente loções hidratantes para o corpo, protetores
solares, sabonetes líquidos e desodorantes em formato roll-on. Em
seu portfólio, a NIVEA conta com aproximadamente 1.600 itens.
No Brasil, a marca oferece produtos em oito categorias – protetores
solares e labiais, hidratantes corporais e faciais, itens para
cuidados masculinos, para banho e desodorantes.
A
NIVEA pertence ao grupo alemão Beiersdorf, com sede em
Hamburgo, que detém várias marcas, entre elas Eucerin, La
Prairie e Labello.
NIVEA VIVA Tim Maia
Reviewed by Rafael
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